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VISÃO PARA O FUTURO DA MOBILIDADE

O “Allgemeiner Deutsche Automobil-Club" (ADAC) é, com os seus 18 milhões de associados, o maior automóvel clube da Europa e o segundo maior do mundo. Lançou agora as suas previsões para a evolução da mobilidade nos próximos 22 anos, com a ajuda do Zukunfts Institut. Leia um resumo do estudo:

Aumento da procura, nova mistura

A mobilidade torna a vida do dia-a-dia eficiente – da mesma forma que garante o sucesso da economia global. Não só é uma necessidade básica, mas também uma exigência crucial da sociedade moderna. Resumindo: no século XXI o mundo não se carateriza apenas por um aumento da procura da mobilidade por si só, mas também por uma diversificação dessa mobilidade.

É isto que torna este setor um dos mercados de crescimento mais significativo. No geral, os lares dos Estados Unidos investem mais de 1.000 triliões de euros por ano em mobilidade. Na Alemanha isto representa cerca de 2.600€ per capita anuais de despesa. Um em cada sete euros vai para serviços que permitem o transporte (Comissão Europeia 2016).

Os alemães percorrem cerca de 1.200 triliões de quilómetros enquanto passageiros todos os anos – de carro, comboio, autocarro, avião ou barco. Desde 2000, o transporte de passageiros na República Federal da Alemanha aumentou mais de 11%. A Comissão Europeia prevê o aumento continuado da exigência de mobilidade para valores próximos dos 1.300 triliões de quilómetros enquanto passageiros até 2040. Com cerca de 75% destes a serem efetuados de carro, este continuará a ser o meio de transporte preferido. Ao fim ao cabo, os padrões de mobilidade são moldados pela conveniência de se ser capaz de viajar de forma independente. A mobilidade individual é de tal forma essencial, que muitos não gostariam de a abandonar. Em 2040, o carro continuará a ser a forma de transporte capaz de garantir flexibilidade em termos de tempo e localização.

Mobilidade inteligente: um adeus gradual ao carro como o conhecemos

Que o carro, ainda assim, esteja a perder a posição dominante que tinha no início do século XXI deve-se a questões de mudança no que toca ao seu aspeto prático. Nem tudo continuará como dantes. Na verdade, as estatísticas não revelam um fator importante: (que) o consumo de mobilidade como o conhecemos durante décadas atingiu um ponto de viragem significativo. À nossa frente está o início de uma nova era de mobilidade múltipla. Estamos perante uma revolução semelhante ao que o mundo viveu aquando da invenção do carro, há 125 anos. Escondido atrás da aparente continuidade está uma evolução do sistema de mobilidade que não pode ser subestimada.

O carro pessoal, há muito um símbolo de liberdade e independência e que transmite personalidade e estatuto social, está a perder a sua principal vantagem face a outras formas de transporte: tendo em conta os congestionamentos das cidades, o carro já não é a forma mais eficaz para ir de A a B, para todo o lado e a qualquer hora.

Em muitos locais, o carro vai ter muitas dificuldades e em 2040 só poderá manter a sua posição através de uma bem-sucedida combinação entre transportes individuais e públicos: apenas se se integrarem na mobilidade do futuro, de modo inteligente, é que os carros podem contribuir para essa realidade. Apesar dos automóveis de passageiros continuarem a ser um importante meio de transporte, vão deixar de ser a nossa primeira escolha lógica. Na verdade, serão um dos elementos de um novo sistema de mobilidade integrada – mais ou menos em igualdade – e uma das suas muitas opções.

A crise do automóvel é também a sua maior oportunidade: em 2040 os carros vão ser, principalmente, um meio para um fim – não apenas como meio de transporte, mas enquanto elemento central de uma gestão energética sustentável e inteligente. E assim, o estatuto da mobilidade vai virar-se para a mobilidade inteligente.

Leia o estudo na íntegra (inglês) aqui

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